sexta-feira, 25 de julho de 2008
Sierra Mixteca
Mal deu tempo para tomar o café da manhã e o Iván, responsável pela ong no estado de Oaxaca, estava na pousada. Pegamos a Mariana e a Cláudia, as meninas que trabalham na capital e partimos para nosso compromisso da quinta-feira.
Este é um dos estados do México que tem mais problemas. A população é muito pobre, vivem em povoados onde cultivam entre outras coisas feijão e milho.
Depois de três horas de viagem chegamos na Sierra Mixteca para visitarmos alguns povoados que a ong tem projetos. Um dos principais problemas deles, e do país em geral, é a falta de água. Aqui, mais do que em qualquer outro lugar que eu tenha ido, dá para ver que eles estão adiantados em, ao menos tentar incentivar a população desse problema mundial. Por exemplo, as torneiras teem um dispositivo, parecido com os recipientes de sabonetes líquidos em banheiros públicos, você precisa apertar de baixo para cima, para que a água saia, e quando solta, o dispositivo bloqueia a saída do líquido, um maneira bastante eficaz para evitar o desperdício.
A ong ensina a população a construir cisternas para aproveitar a água de chuva e constrói banheiros secos, do lado de fora das casas, onde não precisam usar água.
Chegando no povoado de San Sebastian Nicananduta, fomos primeiro encontrar o presidente da comunidade. Entramos num prédio ao lado de uma bela igreja e encontramos uma sala meio escura com cinco homens sentados perto de uma mesa de madeira. Todos usavam chapéus e, com exceção de dois, eles estavam visivelmente bêbados.
Pudemos fotografar sem nenhum problema. Entramos nas casas, conversamos com pessoas que nos contava um pouco de suas vidas. Em quase toda família há ao menos um integrante que tenha ido para os Estados Unidos trabalhar. Praticamente todos atravessaram a fronteira de forma ilegal, se colocando aos inúmeros risco da travessia.
Depois deste povoado fomos ainda a San Jose Monteverde e a Guadalupe Vista Hermosa. A paisagem era deslumbrante.
Estávamos numa camionete grande e por um bom tempo eu e o Érico fomos na carroceria, com toda aquela natureza na nossa frente, sem janelas que nos atrapalhava o contato com o vento forte e a liberdade que tanto préso.
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