terça-feira, 26 de junho de 2012

Viagem A Chernobyl.


Até hoje, meses depois de ter voltado de Chernobyl, as pessoas perguntam o que eu fui fazer lá. Como fotógrafo sinto que a profissão é cada vez mais uma razão para poder ir a lugares que, caso não fosse pela fotografia, eu não iria. É comum ouvir esse discurso da boca de fotógrafos - a fotografia como passaporte para o mundo, mas é verdade, é assim mesmo que a gente se sente.
Quando o acidente de Chernobyl aconteceu eu era um menino, lembro de ter visto as reportagens e, em diferentes épocas da minha vida, ver fotos e ficar intrigado com aquela paisagem abandonada.
Nos últimos anos tenho me interessado muito pela relação que a fotografia tem com a memória, não só porque cada fotografia, assim que é feita vira uma imagem do passado, mas pelo tema, procurar trabalhar com as marcas do passado na paisagem, as pegadas que o ser humano deixou naquele lugar que eu visito, gosto de falar sobre o ser humano através da ausência dele...
Aqui, algumas das fotos dessa viagem que aconteceu em julho de 2011.

6 comentários:

Sandra Palma disse...

Renato, adorei as fotos! Não me causaram mal estar ao vê-las, como aconteceu com aquele livro na aula passada. As imagens são lindas, romanticas, leves.
Parabéns!
grande beijo,
Sandra

Renato Negrão disse...

Valeu Sandra, obrigado, essa notícia muito me agrada. Beijos!!

Rodrigo Nascimento disse...

Renato, essas fotos vão muito além do "estive em Chernobyl". Acho que quando isso acontece somos considerados verdadeiros fotógrafos. PARABÉNS! Espero um dia conseguir passar essa sensação também. Abraços!

Alessandra disse...

Oi Renato! adorei as fotos, em especial as duas que contem portas. E tb a última, com o o rolo de filme (estava lá mesmo???? que imagens será que mostram??? fiquei curiosa). Não sei, mas a mim me passou uma certa tristeza, foi a emoção que me veio. Como vc explicou em aula, a imagem pode fornecer uma série de emoções a pessoas diferentes. Abraços!

Renato Negrão disse...

Alessandra, fico feliz que tenha gostado das fotos. É bastante triste sim, tudo lá, a história do acidente, a solidão da cidade abandonada, o que aconteceu com as pessoas que vivem lá, enfim, uma coisa muito triste mesmo.
Quanto ao filme, ele estava no cinema da cidade, exatamente do jeito que aparece na foto, não tive coragem de tocar, nem podia...

Emanoel Braga disse...

Parabéns Renato, é uma experiência incrível, sem falar dos receios, mas também da curiosidade de ir um pouco mais além do que é permitido.